Se eu fosse mais um blog.
Se a Terra fosse um geóide.
Se a vida fosse eterna,
e a maré serena,
se os meus dedos fossem quatro,
e o coração trinta e quatro, ou não.
Se a minha cabeça fosse uma maré sempre na vazão.
Se os meus dedos ecoassem no vento,
se as minhas entranhas fossem pó,
se conseguisse parar o tempo,
e soprar o vento,
num só,
sudoeste,
encho o peito e grito numa voz.
Não ouço nenhuma.
Estarei cego?
Vivo numa rede que não sei.
Um ser que nunca serei.
Uma voz que nunca se calará.
Uma terra que não é minha mas não acabará.
Vivo a vinha e a romã.
A castanha, a serra e a azeitoneira.
Vivo a vida inteira,
ou não.
Vivo a raiz, o ramo e a videira.
Vivo na lama, nas azedas e na sombreira.
Sou louco
Se a Terra fosse um geóide.
Se a vida fosse eterna,
e a maré serena,
se os meus dedos fossem quatro,
e o coração trinta e quatro, ou não.
Se a minha cabeça fosse uma maré sempre na vazão.
Se os meus dedos ecoassem no vento,
se as minhas entranhas fossem pó,
se conseguisse parar o tempo,
e soprar o vento,
num só,
sudoeste,
encho o peito e grito numa voz.
Não ouço nenhuma.
Estarei cego?
Vivo numa rede que não sei.
Um ser que nunca serei.
Uma voz que nunca se calará.
Uma terra que não é minha mas não acabará.
Vivo a vinha e a romã.
A castanha, a serra e a azeitoneira.
Vivo a vida inteira,
ou não.
Vivo a raiz, o ramo e a videira.
Vivo na lama, nas azedas e na sombreira.
Sou louco
Subscrever:
Mensagens (Atom)
